quarta-feira, 23 de junho de 2010

Reportagens 2010


Secretário promete remover famílias que vivem em áreas de risco

A Secretaria informou que a remoção dessas famílias faz parte de um plano de reassentamento mais amplo, que inclui também moradores que vivem em outras áreas de risco, como as de encostas.

“Nós vamos estar reassentando, até o fim do nosso governo (governo de Paes), todas as famílias que vivem em áreas de risco, prometeu Pierre Batista, secretário municipal de Habitação. “Todas essas famílias serão atendidas. Temos uma política de coibição do crescimento, de ordenamento da cidade e oferecimento de habitação descente aos moradores”,


Em determinados trechos, o espaço entre os barracos e a linha do trem é tão pequeno que as composições quase encostam nas casas.


O dia a dia de quem mora nessas comunidades é cercado de pobreza. Só na Vila Vitória, são 180 famílias. “Nós temos mais de dez crianças que não foram registradas, e estão sem certidão de nascimento”, disse um morador.


“Chove muito dentro de várias casas. Nem tenho muito o que falar. É uma luta”, contou, chorando, a dona de casa Marta Morais Bueno.

Governador do Rio diz que maioria dos mortos estava em áreas de risco

O governador Sérgio Cabral destacou que a “grande causa” das mortes são as ocupações irregulares. “Entre os mortos, todos praticamente (estavam) em áreas de risco”, disse, em entrevista por telefone para a Globo News no começo da tarde desta terça-feira (6). “Pediria pelo amor de Deus que as pessoas que estão em áreas de risco saiam. Que procurem centros sociais.”


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também criticou as ocupações irregulares e disse que a tragédia não é sinal de problemas durante a Copa e as Olimpíadas.


O governador do Rio lembrou que o governo do estado tem feito investimentos em urbanização de favelas e tentando frear a expansão das ocupações. Citou o caso de obras como muros de contenção na Favela da Rocinha e em Santa Marta. “É um muro para impedir a irresponsabilidade”, defendeu.


“Infelizmente, no Rio de Janeiro, passa ano e sai ano essa questão da ocupação não é tratada com a devida seriedade”, disse, admitindo que as vítimas não podem ser diretamente responsabilizadas. “Culpada é a elite política que permite.”


“Temos que fazer uma reflexão sobre isso. Nada justifica essa incapacidade do poder público de impedir essa expansão.”


Cabral admite que é preciso melhorar infraestrutura urbana, mas lembrou que “choveu em um nível absurdo.



Fazendo um contraponto com a fala de dois representantes de governo em 1985, sobre invasão da propriedade Santa Casa de Misericórdia em :

Secretário da Descentralização e Participação do governo Montoro - “Os invasores cadastrados têm prioridade na construção de um conjunto habitacional na zona norte. Não há data prevista para o início destas obras”.

Prefeito Mário Covas - “As famílias não devem esperar nenhuma ajuda após o despejo. O terreno é particular e os invasores devem procurar abrigo como qualquer outro cidadão. O problema é estranho à Prefeitura”.

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